A alma deste jornalista se banha de emoção a cada nova lembrança desta memorável noite (pra mim, pelo menos) de quinta-feira (3), quando finalmente o 2o Baile Elétrico do Orelhada foi desovado e o quase naufrágio da festa de um ano da coluna impressa foi impedido. Não poderia ter sido melhor, a começar pelo expressivo público que encheu o Taberna - a grande maioria pra ver Alva e Fevereiro da Silva, uma parte pra abraçar o colunista pelo incansável trabalho de promover os sons autorais locais. Que, como foi dito no palco, continuará sendo uma das bandeiras do Orelhada enquanto AN quiser meus préstimos.
Quanto aos shows, nenhuma surpresa: foram ótimos. Cada vez mais afiado e intenso, o Alva desfilou os sons do disco Saudade do Futuro, tocou novas músicas e ainda presenteou este blogueiro com uma versão de The One I Love, hit oitentista da melhor banda do mundo. Lágrimas só não vieram porque a pulsação corporal não deixou. Já a plateia aprovou tudo com entusiasmo.
Fevereiro da Silva começou numa rotação baixa e foi sendo instigado pelo mexe-mexe do público até engatar de vez na locomotiva samba-rock. Vieram as faixas do Ep Funil, músicas que estarão no disco que a banda prepara pra 2010 - que, pelo visto, será feroz - e, pra fechar, uma "sessão Jorge Ben" e o clássico Da Lama ao Caos (Nação Zumbi). Chacoalhante e divertido, bem de acordo com o alto astral que imperava no Taberna.
Enfim, os contratempos, a correria e a dor de cabeça de última hora foram plenamente recompensados. Mais uma vez reitero os agradecimentos a todo mundo que apareceu, que se envolveu, que apoiou e endereçou suas good vibrations à festa. Claro que em 2010 vai ter mais baile.
*Texto retirado do Blog Orelhada, do jornalista Rubens Herbst, de A Notícia
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