quarta-feira, 31 de março de 2010

Encontro histórico

Debate na UFSC apontou rumos para a música independente de Santa Catarina

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Teatro da UFSC foi sede do Rumos Música, do Itaú Cultural.

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Coletivos de rock, jazz e choro da capital e interior estavam presentes.

Encontro histórico. A frase resume o que aconteceu na última quinta e sexta-feira, no Teatro da UFSC, bairro Trindade, em Florianópolis. O local foi sede do “Rumos Música”, do Itaú Cultural. A iniciativa tem por objetivo fazer “uma cartografia da produção musical” no Brasil.

Em Santa Catarina, o debate foi pautado na aproximação e articulação dos coletivos – independente do estilo musical. A ideia é buscar recursos para circulação e consolidação de uma cena estadual.

Na quinta-feira, os trabalhos foram abertos com a apresentação de dois vídeos desenvolvidos pelo Itaú Cultural. Na sequência, o assunto foi “Circulação Regional”. O debate contou com a presença de Dedé Ribeiro (RS), Beth Moura (PR) e Guilherme Zimmer (SC). Cada um relatou a situação em seu Estado, enquanto Edson Natale, do Itaú Cultural, fez a mediação. Para finalizar, o tema “Difusão” foi a pauta e a discussão envolveu Marcos Espíndola (SC), Abonico Ricardo Smith (PR) e Fabiane Tomaselli (SC). O mediador foi Israel do Vale.

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Beth Moura (E), Dedé Ribeiro, Edson Natale e Guilherme Zimmer.

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Beth Moura, Dedé Ribeiro, Edson Natale (C) e Guilherme Zimmer.

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Marcos Espíndola (E), Israel do Vale, Abonico Smith e Fabiane Tomaselli.

Na sexta-feira, a conversa iniciou com o “Laboratório de experiências e ações inovadoras” por meio das “Redes Associativas na Nova Ordem Digital”. A mesa foi composta pelo representante do Espaço Cubo e Circuito Fora do Eixo, Pablo Capilé; do Movimento Música Para Baixar, Jean Mafra, e do SConectada, Guilherme Zimmer.

Zimmer explicou que o SConectada pretende criar uma rede associativa catarinense de música – circulação, capacitação e apoio a projetos. “Mapeamos catorze cidades do Estado onde existe uma cena”, diz. “Esses grupos se reúnem informalmente.” Para ele, é inadmissível Santa Catarina não ter uma cena sólida, já que o Estado é rico e o PIB é igual ao do Chile. “Temos inveja e admiramos o Norte, Nordeste e o Centro-Oeste pela mobilização em relação à música independente.”

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Zimmer, do SConectada.

Segundo o integrante do Música Para Baixar, Jean Mafra, a entidade é mal vista pela indústria fonográfica. “Não somos a favor de disponibilizar a música de qualquer jeito, sem direito autoral”, explicou. “Queremos discutir a venda e a circulação no novo milênio.”

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Jean Mafra, do Música Para Baixar.

O terceiro a falar foi o representante do Espaço Cubo e Circuito Fora do Eixo, Pablo Capilé. De acordo com ele, a dificuldade é transformada em oportunidade. “Tem gente que acha que na cidade dele é impossível. Chora demais”, ironizou. “Até dar certo teu parceiro é o vermelho”.

Capilé explicou como foi processo no Mato Grosso em 2001. “O governador não entendia nada de cultura, o investimento era em agricultura”, comentou. Na sequência, mostrou como foi a bem sucedida criação do Espaço Cubo – no início se chamava Cubo Mágico. E, conforme a necessidade local, os idealizadores elaboravam iniciativas como, Cubo de Ensaio, Eventos, Comunicação, Gravação, Distribuição e assim por diante.

Além do Espaço Cubo e suas ações, Capilé mostrou a força do Circuito Fora do Eixo que está presente em 23 Estados do Brasil. Também não esqueceu da abrangência da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin) que agrega 40 festivais.

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Pablo Capilé, do Espaço Cubo e Circuito Fora do Eixo.

Carlos de Aquino/Estudio Full Gas/Divulgação

Pablo Capilé explica as ações do Espaço Cubo e Circuito Fora do Eixo.

Antes de encerrar o encontro, foi debatido as “Cooperativas de Música: A experiência de São Paulo, com 1.500 associados”. A ação foi explanada por Carlos Zimbher e Janine Durand. O andamento da conversa ficou a cargo de Israel do Vale.

Despedida do Verão



A despedida do verão no bar Praia Grande, em São Francisco do Sul, acontece na sexta-feira (2), com o show das bandas Manifesto de Vida e V.O. A última continua divulgando o disco de estreia, intitulado Em meio a 6 bilhões. Além dos grupos, a festa contará com o DJ LP nas pick-ups.

A primeira banda abre os tralhados às 23h30. Homens pagam R$ 10,00, e mulheres, R$ 5,00. A censura é de 18 anos. O bar Praia Grande fica em frente às pedras – ao lado do antigo bar do Mario.

A volta do lendário

Não foi apenas a localidade de Tifa Theilacker (nome de banda!), em Jaraguá do Sul, que tremeu na segunda-feira. Na vizinha Guaramirim, mais precisamente na rua João Sotter Correa, próximo ao campo do Amizade, o Curupira voltou a se mexer e entrou em erupção.

Mesmo sem a chuva dar trégua, o lendário cuspiu larvas de rock e provou o quanto é importante para a região, Estado e Brasil. Afinal de contas, não é qualquer lugar que abre espaço para a música independente que atinge 18 anos de existência.

A “reabertura” teve dois ilustres convidados: Wander Wildner e Fly-x. A última voltou a se apresentar em casa após dois anos e fez um dos melhores shows da carreira - lançamento do disco Despertar, conforme destacou o baterista Kelson Mendes, em relato publicado no blog Orelhada, do jornalista Rubens Herbst, de A Notícia.

Mas, não foi só isso, Kelson adiantou que o público foi de aproximadamente 500 pessoas, segundo dados da Nereu in Rock Produções – organizadora do show. Também afirmou que o vídeo abaixo de Wander Wildner mostra o clima do evento em que o gaúcho lançou o álbum Aventuras de um punkbrega. Metade da apresentação teve o acompanhamento da banda Da Caverna, de Florianópolis.

sábado, 13 de março de 2010

Sufoco na serra - Nofx em Curitiba

Crédito: Bruna Mattos/Divulgação

The longest line

Até quinta-feira (04), havia seis pessoas confirmadas na excursão para o show do Nofx em Curitiba. No sábado, o número aumentou, mas não ao ponto de ocupar todos os assentos. No domingo – o grande dia –, a ideia era lotar a van. O problema é que 17 pessoas estavam em frente ao Posto Enxaimel, às 18h, local de saída do translado.

O jeito foi colocar 13 passageiros na van e quatro se deslocarem de carro. Após abastecimento do automóvel, Ronan do Amaral, Marcelo Cardozo, Hélio de Sousa e Willian Giesel seguiram em direção a Curitiba – mal sabiam que o pior estava por vir.

Após algumas conversas, chegaram ao primeiro pedágio, em Garuva. Feita a primeira parada, a trilha interna do quarteto era basicamente o rock dos anos 90. O movimento de veículos estava em segundo plano, mas, no fim das contas, todos queriam subir. Porém, próximo ao alto da serra havia uma barreira que deixou o trânsito em meia pista.

O sufoco começou e quando alguém ligou para Willian veio a pérola: “Estamos no quilômetro meia, meia, meia.” Infelizmente era verdade e o número da besta foi um aviso. Havia muitos caminhões, ônibus e carros. O volume provocou engarrafamento. No entanto, o tráfego andava lentamente.

Crédito: Bruna Mattos/Divulgação

Drugs are good

O relógio se apressava e o nervosismo também – Willian e Marcelo fumavam um cigarro atrás do outro. Enquanto isso, o trânsito permanecia caótico e, à frente, a fila encontrava o horizonte – as luzes no escuro lembravam uma árvore de Natal. De repente, Willian fez algumas ligações e Hélio lembrou de uma informação obtida em Joinville: “O Azedo (Guilherme) disse no ‘msn’ que a casa abriria às 20 horas e o show começaria às 23 horas”.

Continuaram rodando e depois de percorrer 6 km que pareciam 100 km – comparação de Marcelo –, a angústia estava terminando, mas, o tanque de combustível entrou na reserva. Felizmente, o primeiro posto de gasolina estava há 1.000 m e Willian conseguiu chegar até o local.

Durante o abastecimento, Ronan e Hélio foram à conveniência comprar suprimentos. O problema é que a seção estava abarrotada e mais parecia uma praça de alimentação de shopping. Aliás, o dono (gerente) se aproveitou da situação e tirou o preço dos produtos. Pasmem, um Doritos custava R$ 6,90. O preço gerou um pergunta irônica de um paranaense ao atendente: “É facada ou assalto à mão armada?”

Mal deu tempo de pagar e Willian os aguardava para pisar fundo, pois era 21h30. Klaus Franz - estava na van - recebeu uma informação de que a apresentação começaria às 22h30. Ainda bem que o motorista da lotação, sr. Oscar, ‘sentoulêopáu’ e o corsa preto conseguiu acompanhar a velocidade.

Para a felicidade dos 17, sr. Oscar, conhecia Curitiba e pegou uns atalhos. Depois de algumas costuradas e bifurcações, saíram atrás do Curitiba Master Hall. A essa altura, só Ronan tinha o quilo de alimento não-perecível.

Colocaram os moletons – é sempre bom levar casaco e touca para Curitiba, independente da estação. Willian ficou para trás, enquanto o trio caminhava a passos largos até entrada do complexo. O curioso é que não tinha filas, restaram apenas os ambulantes vendendo ingresso e quilo de alimento não-perecível.

Pausa para uma revista rápida e, em seguida, o aviso do segurança: “Ingresso na mão!” Pronto, estavam prestes a entrar no ‘punk rock show’.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dois shows na praia



Dois shows na praia. Assim será o fim de semana da banda Cigarrete Burning em Barra do Sul. O primeiro show acontece na sexta-feira (12), no Sweel Surf Bar – anexo ao restaurante do Chico –, bairro Salinas. No sábado (13), a apresentação se repete no mesmo local.

A banda é formada por Rafael Joe (guitarra, violão e voz) e Juninho (Bateria, guitarra e voz). Além de repertório próprio, a dupla também toca covers, entre eles, clássicos do Nirvana, The Beatles e Mutantes.

Fim de semana rockabilly





Fim de semana de rockabilly no Don Rock . É o Festival Join Billy. Na sexta-feira (12), a atração é a banda curitibana CWBilly’s, que também agrega o bom e velho rock n’ roll, só que de forma envenenada, estilo uma chevy 54 ou um hot rod.

No sábado (13), o evento continua com o clássico grupo Ovos Presley, também de Curitiba. O público será brindado com muito psychobilly, rock e punk. Durante o festival, as pick-ups serão comandadas pelo DJ Marcios.

Homens pagam R$ 12,00, e mulheres R$ 8,00 – as 50 primeiras entram gratuitamente até a meia-noite. A Casa abre às 23h. Mais informações: 9158-0058.

terça-feira, 9 de março de 2010

Lembrando os anos 2000

Oito de maio de 2004 foi uma data inesquecível para Os Carademarte. Na ocasião, a banda tocou com as bandas Hellnation (EUA), Vivisick (Japão) e Mukeka di Rato (ES) – umas das principais influências do grupo –, além da também joinvilense Graduação Alcoólica.

A turnê composta por americanos, japoneses e brasileiros foi batizada de “Um bando de filhos da puta” e Joinville foi a única cidade de Santa Catarina que esteve na rota da “desgraça”. O motivo era especial, já que a Primitive estava comemorando o 5º aniversário. O local também não ficou por menos, pois se tratava do lendário Garage Bar – o Curupira Rock Club joinvilense – e aproximadamente 400 pessoas estiveram presentes no local.

Já foi escrito sobre esse evento aqui e, na época, a ideia era recordar as apresentações do Mukeka di Rato na cidade. Porém, dessa vez o resgate acontece em virtude da disponibilização das imagens do show d’Os Carademarte no You Tube. O vídeo foi filmado por Isabela Boettcher. Assista abaixo o registro:

Nois no Mangue/Romantismo e Safadeza:



Enclausurado:



Elástico:



Anestesia:



Labirinto:



Cachaça:



Rasgar:



Aposentado:



Espírito de porco/Quero sua morte:



Amor Bizarro:



Querida:

segunda-feira, 8 de março de 2010

Chope, romantismo e safadeza



Muito romantismo e safadeza à base de chope. É o que acontecerá na 9ª Chopada dos Calouros da Udesc, sábado (13), no Kartódromo Internacional de Joinville, com o show do Cultura Monstro. O grupo continua divulgando o disco de estreia que custa R$ 5,00.

Além do Cultura Monstro, se apresentam no palco alternativo as bandas Raiz Vital, Dr. Pimenta, Uhul, Charlatones e V.O. – divulgando o primeiro álbum, “Em meios a 6 bilhões”. No palco principal, o destaque é o Canela Brasil e Kibelleza. Também haverá espaço para DJs.

Segundo o representante do Diretório Acadêmico Nove de Março (Danma), Edemar Vieira Junior, a estimativa de público é de 2 mil pessoas – ano passado foram 1,4 mil. O primeiro lote de ingressos custa R$ 15,00 (masculino) e 10,00 (feminino), mais um quilo de alimento não-perecível. Os bilhetes estão à venda na Center Som e DCE da Univille.

A festa começa a partir das 16 horas e o valor do chope é R$ 1,50. O evento também encerra a gincana e o trote solidário. Mais informações: 4009-7949.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aniversário com música na praça

Em comemoração aos 159 anos de Joinville, a banda Fevereiro da Silva se apresenta no sábado (06), na praça Dario Salles. A iniciativa foi batizada de Palco Aberto e também contará com os shows dos grupos Cultura Monstro, Moendo Café, Dedo de Prosa, Canela Brasil, Symmetrya e Just Face. As apresentações acontecem entre 10h e 17h.