sábado, 13 de março de 2010

Sufoco na serra - Nofx em Curitiba

Crédito: Bruna Mattos/Divulgação

The longest line

Até quinta-feira (04), havia seis pessoas confirmadas na excursão para o show do Nofx em Curitiba. No sábado, o número aumentou, mas não ao ponto de ocupar todos os assentos. No domingo – o grande dia –, a ideia era lotar a van. O problema é que 17 pessoas estavam em frente ao Posto Enxaimel, às 18h, local de saída do translado.

O jeito foi colocar 13 passageiros na van e quatro se deslocarem de carro. Após abastecimento do automóvel, Ronan do Amaral, Marcelo Cardozo, Hélio de Sousa e Willian Giesel seguiram em direção a Curitiba – mal sabiam que o pior estava por vir.

Após algumas conversas, chegaram ao primeiro pedágio, em Garuva. Feita a primeira parada, a trilha interna do quarteto era basicamente o rock dos anos 90. O movimento de veículos estava em segundo plano, mas, no fim das contas, todos queriam subir. Porém, próximo ao alto da serra havia uma barreira que deixou o trânsito em meia pista.

O sufoco começou e quando alguém ligou para Willian veio a pérola: “Estamos no quilômetro meia, meia, meia.” Infelizmente era verdade e o número da besta foi um aviso. Havia muitos caminhões, ônibus e carros. O volume provocou engarrafamento. No entanto, o tráfego andava lentamente.

Crédito: Bruna Mattos/Divulgação

Drugs are good

O relógio se apressava e o nervosismo também – Willian e Marcelo fumavam um cigarro atrás do outro. Enquanto isso, o trânsito permanecia caótico e, à frente, a fila encontrava o horizonte – as luzes no escuro lembravam uma árvore de Natal. De repente, Willian fez algumas ligações e Hélio lembrou de uma informação obtida em Joinville: “O Azedo (Guilherme) disse no ‘msn’ que a casa abriria às 20 horas e o show começaria às 23 horas”.

Continuaram rodando e depois de percorrer 6 km que pareciam 100 km – comparação de Marcelo –, a angústia estava terminando, mas, o tanque de combustível entrou na reserva. Felizmente, o primeiro posto de gasolina estava há 1.000 m e Willian conseguiu chegar até o local.

Durante o abastecimento, Ronan e Hélio foram à conveniência comprar suprimentos. O problema é que a seção estava abarrotada e mais parecia uma praça de alimentação de shopping. Aliás, o dono (gerente) se aproveitou da situação e tirou o preço dos produtos. Pasmem, um Doritos custava R$ 6,90. O preço gerou um pergunta irônica de um paranaense ao atendente: “É facada ou assalto à mão armada?”

Mal deu tempo de pagar e Willian os aguardava para pisar fundo, pois era 21h30. Klaus Franz - estava na van - recebeu uma informação de que a apresentação começaria às 22h30. Ainda bem que o motorista da lotação, sr. Oscar, ‘sentoulêopáu’ e o corsa preto conseguiu acompanhar a velocidade.

Para a felicidade dos 17, sr. Oscar, conhecia Curitiba e pegou uns atalhos. Depois de algumas costuradas e bifurcações, saíram atrás do Curitiba Master Hall. A essa altura, só Ronan tinha o quilo de alimento não-perecível.

Colocaram os moletons – é sempre bom levar casaco e touca para Curitiba, independente da estação. Willian ficou para trás, enquanto o trio caminhava a passos largos até entrada do complexo. O curioso é que não tinha filas, restaram apenas os ambulantes vendendo ingresso e quilo de alimento não-perecível.

Pausa para uma revista rápida e, em seguida, o aviso do segurança: “Ingresso na mão!” Pronto, estavam prestes a entrar no ‘punk rock show’.

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