segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cancelamento do Festival Linguarudos 2010

Nota Oficial

Infelizmente, apesar de compromissos assumidos com a organização, os patrocinadores do evento acabaram deixando a organização a “ver navios”. Inúmeros foram os esforços da organização para tentar manter o evento e obter novas fontes de custeio. Lamentavelmente, todas em vão. Assim, poucos mais de 15 dias antes de sua realização, a falta de recursos impossibilitou a organização da 3ª edição do Festival Linguarudos. A organização pede sinceras desculpas às bandas convidadas e lamenta profundamente o ocorrido. Esperamos que em 2011 o evento seja realizado normalmente.

O Festival Linguarudos surgiu em 2008 para dar espaço e visibilidade aos grupos de Joinville e Região. Posteriormente, a ideia era realizar intercâmbio com bandas de Santa Catarina e Brasil. A proposta foi bem aceita pelo público e, em dois anos, aproximadamente 800 pessoas assistiram os shows. O nome do evento é uma homenagem ao artista plástico joinvilense Luiz Henrique Schwanke, inspiração para os conjuntos de Joinville.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cassim & Barbária, a banda mutante

Flavio/Válvula Rock/Divulgação


Cassim & Barbária nasceu do projeto solo de Cassiano Fagundes, vocalista e guitarrista da banda curitibana de folk rock Bad Folks. Ele também foi o responsável pelo Magog, banda que nos anos 90 recebeu elogios de Jack Endino, produtor do Nirvana e Mudhoney. Em Florianópolis, Cassim se juntou no começo de 2008 a Eduardo XuXu (renomado produtor do sul do país e ex-guitarrista da Pipodélica) e mais tarde, Guilherme Zimmer (ABesta e Ambervisions). Em pouco tempo, as três cabeças trabalharam as músicas de Cassim, transformando as elogiadas canções de seu EP Ready em músicas cheias de referências diluídas ao Soul, ao Krautrock alemão e experimentalismos, com duas baterias, solos de “harsh noise” e pegadas grudentas.

Cassiano já havia produzido o videoclipe para “Libertaria”, que foi selecionado pela Mostra de Videoclipes no SESC da Agência Alavanca. Feito de maneira totalmente independente e destacado por sua criatividade, com o clipe ele estreou a série de vídeos produzidos pela própria banda. O próximo foi o de “Catastrofismo”, dirigido pelo artista brasileiro baseado em Nova Iorque Cleverson Oliveira. A canção inspirada no livro “Breve História de Quase Tudo” de Bill Bryson. Feito com baixo orçamento ele ganhou grande rotatividade na internet e em vários canais de TV, como a MTV Brasil.

Em setembro de 2008, Cassim & Barbária estreou ao vivo, com shows em São Paulo, Curitiba e Florianópolis. Em seguida, participou dos festivais Floripa Noise e Demosul, este em Londrina. Começou na época a ser citado em jornais, revistas especializadas e blogs como uma das grandes novidades do rock independente brasileiro. Em Outubro, Cassim lançou no YouTube o mini-documentário Nibiru, que mostra a transformação do EP que gravara sozinho em um show com a Barbária.

No mês de outubro, Cassim & Barbária também recebeu convites para tocar nos festivais South By Southwest, em Austin, Estados Unidos, e Canadian Music Week, em Toronto, Canadá. A partir dessas datas, a banda programou uma turnê de 35 dias nos dois países, com o apoio financeiro e logístico da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina. Além disso, assinou contrato com o selo americano BNS Sessions, com o qual lançou disco homônimo nos EUA e também no Brasil, aqui, pela lendária midsummer madness.

Em Março de 2009, o grupo viajou 11 mil KM de van pela América do Norte, em exitosa tour de 13 shows em cidades como Nova York, Washington DC e Montreal e Toronto, além de participar dos citados festivais.

Ao voltar, o combo concluiu as gravações de um DVD que, além de documentar sua primeira viagem internacional, mostra os detalhes de como a banda brasileira planejou e executou esse projeto praticamente por si. Em setembro, o grupo voltou ao Canadá como uma das atrações brasileiras expoentes das novas tendências musicais a convite do prestigiado Pop Montréal para apresentações naquela cidade e em Toronto.

De volta ao Brasil, Cassim & Barbária passou a ser pauta constante das principais publicações culturais e musicais do país. Cumpriu também extensa e extensa agenda nos principais festivais de música nacionais do segundo semestre, já como headliner de eventos do porte do Goiânia Noise, Festival Calango (Cuiabá) e o Festival Dosol (Natal), além de excursionar por outras capitais.

No ano de 2010, o combo ainda fez parte do Conexão Vivo, apresentando-se em praça pública em Belo Horizonte no projeto de circulação e difusão nacional patrocinado pela empresa de telefonia móvel de mesmo nome, foi capa da Revista Dinamyte (histórica publicação de música brasileira) e lançou e divulga o DVD produzido um ano antes, "Cassim & Barbária - na estrada, no estúdio". Por fim, no segundo semestre, gravou seu primeiro LP (a ser lançado pela midsummer madness numa dobradinha com Monstro Discos no início de 2011), apoiado oficialmente, fez uma inédita tour de 9 datas dentro do território catarinense, ampliando a difusão de sua música no seu estado e iniciando a forja de um circuito estadual independente. Agora, planeja o lançamento do disco e sua terceira tour americana para abril de 2011.

Caracterizada por ser uma "banda mutante", Cassim & Barbária tem atualmente a inusitada formação de quarteto com 3 guitarras e 1 bateria/efeitos.

Cassim & Barbária é atração do Festival Linguarudos 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Terminal Guadalupe - Pernambuco Chorou

Zefirina Bomba - Vá se foder

Cinema, política e pop de garagem



A banda Terminal Guadalupe nasceu de um filme, o curta-metragem "Burocracia Romântica", em 2003. A trilha sonora foi o primeiro álbum, considerado um dos cinco melhores lançamentos independentes daquele ano pelo crítico Arthur Dapieve, do jornal carioca O Globo. Até então, o TG era apenas um projeto pessoal do vocalista e letrista Dary Jr., que contava com a ajuda de amigos. Foi quando ele conheceu o guitarrista Allan Yokohama, com quem estabeleceu uma parceria muito produtiva e formou o núcleo criativo da banda.

Na sequência, Dary e Allan incorporaram o baterista Fabiano Ferronato e o baixista Rubens K, substituído em 2008 por Luciano Aires. O primeiro trabalho do então quarteto foi o álbum "Vc vai perder o chão", eleito o melhor disco independente de 2005 pela revista Laboratório Pop e que levou o grupo a abrir um show da banda inglesa Placebo, em turnê pelo Brasil. No ano seguinte, o Terminal Guadalupe regravou a canção "Que saudade de você" para o Tributo a Odair José, premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte como o melhor projeto especial na categoria MPB.

Em 2007, o Terminal Guadalupe atingiu seu grande momento com o álbum "A Marcha dos Invisíveis", lançado em disco, mp3, pen drive (suporte então inédito no Brasil) e toque para telefone celular. A crítica aclamou o trabalho, especialmente a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo. As guitarras vigorosas e as letras politizadas ficaram conhecidas em várias regiões do País e a banda tocou de Cuiabá (MT) a Porto Alegre (RS). O videoclipe de "Pernambuco Chorou" foi destaque nos canais especializados em música, como a MTV Brasil e o Multishow, e no Festival da Nova Arte Brasileira, em Barcelona, na Espanha.

A banda começou 2008 como aposta do My Space Brasil e lançou seu primeiro álbum ao vivo e integralmente virtual, "Como despontar para o anonimato. Foi o único registro com o guitarrista Lucas Borba, que estava na banda desde o final de 2006. Depois, Allan, Dary, Fabiano e Marano gravaram o EP “O tempo vai me perdoar” com o produtor norte-americano Roy Cicala (John Lennon, Bruce Springsteen, Aerosmith) antes de desfazer a formação, em abril de 2009.

Depois de uma pausa entre abril e junho do ano passado, o vocalista e letrista Dary Jr., fundador do Terminal Guadalupe, renovou a formação com Cláudio Farinhaque (guitarra, violão e vocal), Diogo Roesler (baixo, teclado e vocal) e Phill (bateria), que formam o Monolito, de São Bento do Sul (SC). O quarteto já lançou o EP “O explorador de telhados”, gravado ao vivo no Teatro Guairinha, em Curitiba, com participação do tecladista Dartagnan Filho. A canção “O Gongo” foi eleita uma das 100 melhores de 2009 pelo portal Laboratório Pop.

Outras músicas novas, como “Força”, têm sido apresentadas nos shows e colocadas na página da banda no portal Trama Virtual. Hoje, são 108 mp3 que podem ser baixados ou apenas ouvidos. Basta acessar http://tramavirtual.uol.com.br/terminal_guadalupe. O Terminal Guadalupe anunciou sua despedida para o fim deste ano. A turnê de adeus será realizada nos meses de novembro e dezembro pelas principais capitais do País e algumas cidades do Interior.

Terminal Guadalupe é atração do Festival Linguarudos 2010

Zefirina Bomba grita em mono

Davi Rodrigues/Divulgação


Release do disco “Nós só Precisamos de 20 minutos para Rachar sua Cabeça”

Por Olga Costa - Novembro de 2009

Zefirina Bomba revoltada, enterra o coco, desconstrói o groove e parte para o grito em meio a um noise pertinente, instigante e rodeado de Hardcore. O grito é de liberdade. Um grito primal. Mesmo que para o mentor da descabelada Zefirina, a idéia de continuidade para o CD anterior (Noisecoregroovecocoenvenenado), já estivesse maturada em sua mente antes mesmo de gravá-lo.

O grito (“Só Precisamos de 20 minutos para Rachar sua Cabeça”), que estava guardado na goela, começou a tomar forma desde o ano passado quando, em terreno paraibano, surgiram as primeiras músicas que formariam esse novo trabalho. São quase 40 minutos distribuídos em 21 músicas.

Se você não sabe de onde vem, conseqüentemente, não sabe para onde vai. Zefirina Bomba escavou na sua cultura e descobriu que ainda existiam gritos para libertar. Alguns já proferidos, mas esquecidos, outros que nunca teriam uma chance de ganhar ar, e ainda, aqueles que por algum motivo foram jogados na estrada, sem um prato de sopa.

O grito é para aqueles que recebem uma enxurrada de discursos fajutos e não tem para onde ir, para onde fugir da verborragia diária.

A liberdade é assinada através do grito de um estilo que nasceu para quebrar padrões. Colocou a mão na massa, reinventou o que já existia e o transformou em atitude com o “faça você mesmo”. Faça o que quiser, do jeito que quiser, na música e na vida, mesmo que sua memória só exista por 30 segundos.

A contestação é em forma de grito: “Você acha que eu preciso de um disco/Você acha que eu fiz tudo que eu quis/Eu Não”! A negação é em negrito, o dito pelo não dito.

A inspiração do passado estava em João Pessoa. Entre as lo-fi sessions com a banda local Rotten Flies, descolou a colaboração do baterista Beto Farias para definir bases - O que ficaria mais lento e o que ficaria mais rápido: “Ilsom sabe o que quer e não perde tempo!”. Disse o baterista, impressionado com a velocidade de todo processo.

Sem meias palavras, o desabafo aqui é outra. Com a língua solta, manda de cara uma mensagem direta, sem subterfúgios. Zefirina não leva desaforo para casa: “Vá se arrombar, seu merda/Não quero mais entender”. Lidar com o que não pode mudar é um teste infinito.

Nada do que foi dito precisa ser entendido. Nada entendido precisa ser dito. Nada dito pela Zefirina Bomba precisa ser escrito, mas saia da frente, ela grita em mono!

Zerifina Bomba é atração do Festival Linguarudos 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Show do Canastra é cancelado



O Canastra (RJ) está gravando o terceiro disco no selo Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, e as únicas horas disponíveis para finalizar a captação é em dezembro. Por este motivo, o grupo cancelou os shows que faria em Blumenau, Joinville e Curitiba a pedido dos produtores. Portanto, não haverá apresentação do Canastra na sexta-feira (10), no Festival Linguarudos. A organização está trabalhando em outro nome para o evento.