terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cinema, política e pop de garagem



A banda Terminal Guadalupe nasceu de um filme, o curta-metragem "Burocracia Romântica", em 2003. A trilha sonora foi o primeiro álbum, considerado um dos cinco melhores lançamentos independentes daquele ano pelo crítico Arthur Dapieve, do jornal carioca O Globo. Até então, o TG era apenas um projeto pessoal do vocalista e letrista Dary Jr., que contava com a ajuda de amigos. Foi quando ele conheceu o guitarrista Allan Yokohama, com quem estabeleceu uma parceria muito produtiva e formou o núcleo criativo da banda.

Na sequência, Dary e Allan incorporaram o baterista Fabiano Ferronato e o baixista Rubens K, substituído em 2008 por Luciano Aires. O primeiro trabalho do então quarteto foi o álbum "Vc vai perder o chão", eleito o melhor disco independente de 2005 pela revista Laboratório Pop e que levou o grupo a abrir um show da banda inglesa Placebo, em turnê pelo Brasil. No ano seguinte, o Terminal Guadalupe regravou a canção "Que saudade de você" para o Tributo a Odair José, premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte como o melhor projeto especial na categoria MPB.

Em 2007, o Terminal Guadalupe atingiu seu grande momento com o álbum "A Marcha dos Invisíveis", lançado em disco, mp3, pen drive (suporte então inédito no Brasil) e toque para telefone celular. A crítica aclamou o trabalho, especialmente a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo. As guitarras vigorosas e as letras politizadas ficaram conhecidas em várias regiões do País e a banda tocou de Cuiabá (MT) a Porto Alegre (RS). O videoclipe de "Pernambuco Chorou" foi destaque nos canais especializados em música, como a MTV Brasil e o Multishow, e no Festival da Nova Arte Brasileira, em Barcelona, na Espanha.

A banda começou 2008 como aposta do My Space Brasil e lançou seu primeiro álbum ao vivo e integralmente virtual, "Como despontar para o anonimato. Foi o único registro com o guitarrista Lucas Borba, que estava na banda desde o final de 2006. Depois, Allan, Dary, Fabiano e Marano gravaram o EP “O tempo vai me perdoar” com o produtor norte-americano Roy Cicala (John Lennon, Bruce Springsteen, Aerosmith) antes de desfazer a formação, em abril de 2009.

Depois de uma pausa entre abril e junho do ano passado, o vocalista e letrista Dary Jr., fundador do Terminal Guadalupe, renovou a formação com Cláudio Farinhaque (guitarra, violão e vocal), Diogo Roesler (baixo, teclado e vocal) e Phill (bateria), que formam o Monolito, de São Bento do Sul (SC). O quarteto já lançou o EP “O explorador de telhados”, gravado ao vivo no Teatro Guairinha, em Curitiba, com participação do tecladista Dartagnan Filho. A canção “O Gongo” foi eleita uma das 100 melhores de 2009 pelo portal Laboratório Pop.

Outras músicas novas, como “Força”, têm sido apresentadas nos shows e colocadas na página da banda no portal Trama Virtual. Hoje, são 108 mp3 que podem ser baixados ou apenas ouvidos. Basta acessar http://tramavirtual.uol.com.br/terminal_guadalupe. O Terminal Guadalupe anunciou sua despedida para o fim deste ano. A turnê de adeus será realizada nos meses de novembro e dezembro pelas principais capitais do País e algumas cidades do Interior.

Terminal Guadalupe é atração do Festival Linguarudos 2010

Nenhum comentário: