terça-feira, 18 de agosto de 2009

Carnaval no Inferno



“Agora eu digo: que bom, que bonito, que rico, um monte gente sorrindo, dividindo o mesmo entusiasmo.” A letra é da música “Futebol e Mulher”, do Eddie, de Olinda (PE), e é exatamente isso que acontecerá na sexta-feira (21) quando o grupo pernambucano subir no palco do Clube Cruzeiro Joinvilense, bairro Atiradores, para lançar o “Carnaval no Inferno”, quarto disco da carreira.

O show faz parte do projeto “Fevereiro da Silva Recebe” que está na terceira edição. Nas duas primeiras, o convidado foi o Nevilton (PR). Os shows começam a partir das 23horas. Homens pagam R$ 15,00, e mulheres, R$ 10,00.

Com 20 anos de estrada e quatro discos gravados (“Sonic Mambo”, 1998; “Original Olinda Style”, 2002; “Metropolitano”, 2006, e “Carnaval no Inferno”, 2008), o Eddie confirma no último trabalho seu balanço particular, confirmado por uma sonoridade própria e de liberdade autoral composta por Fábio Trummer (guitarra e voz), Urêa (percussão e voz), Andret (trompete, teclado e sampler), Kiko (bateria) e Rob (baixo).

A postura se encaixa perfeitamente nas ladeiras de Olinda, com destaque para a canção que abre o disco, “Bairro Novo/Casa Caiada”, um frevo diabólico. Na sequência, “O baile (Betinha)”, faixa dois, mantém o astral elevado com uma gafieira. A música tem a participação de Erasto Vasconcelos, velho companheiro de outros carnavais.

Porém, o álbum não é apenas um “Carnaval no Inferno” e traz momentos mais cadenciados como, em “Quase não sobra”; “Gafieira no Avenida” (música de Jorge du Peixe e Lúcio Maia, do Nação Zumbi, que foi trilha sonora do filme “Amarelo Manga”) e “Nada de Novo” (homenagem ao flautista do Mombojó, Rafa, que faleceu em 2007).

Eddie é inflamável

“Carnaval no Inferno” foi gravado de maneira independente em São Paulo e Recife, e é uma celebração de parceiros-produtores que ajudaram o grupo em 20 anos de carreira, entre eles, Buguinha (produtor musical com quem Eddie gravou algumas demos na década de 90); Berna Vieira (ex-baterista) e Karina Buhr (também ex-integrante que fez voz e backing). Também houve a colaboração de Curumim (bateria); João do Cello (violoncelo); Nilsinho, Spok Frevo Orquestra (trombone); Mestre Nico (trombone) e Da Lua, Nação Zumbi (percussão).

Vinte anos depois, quatro discos, três turnês europeias (2005, 2006 e 2007) e precursora do Mangue Beat ao lado de Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, o Eddie sabe colocar Olinda, Paris, São Paulo ou Curitiba em chamas e é capaz de deixar Joinville consumida por um desejo voraz de retorno. Mas, aos desprevenidos, fica o aviso: Não risque o fósforo, pois Eddie é inflamável.

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